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Foto do escritorKarina Testa

Sustentabilidade no Campo



“A capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”. Essa foi a definição de sustentabilidade apresentada em 1988 na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU.

De lá para cá, essa palavra assumiu um conceito muito mais amplo, principalmente para os homens e mulheres do campo, que passaram a levar a sustentabilidade em consideração na hora de fazer a gestão de suas atividades. Desse modo, eles buscam o equilíbrio entre produzir e preservar, abrangendo, além das questões ambientais, também aquelas trabalhistas, sociais e econômicas.

Essa preocupação tornou-se um fator determinante para a evolução da tecnologia no campo, permitindo o aumento da produtividade sem a necessidade de abertura de novas áreas, assumindo assim, um caráter de modernidade e competitividade que traz inúmeros benefícios.

Exemplo disso é a Agricultura de Precisão que permite o monitoramento da qualidade do solo, do uso da água na irrigação, entre outras ações, em tempo real, por meio do uso de GPS, drones e sensores. Isso auxilia o pequeno, médio e grande produtor rural na utilização dos insumos, por exemplo, estabelecendo a hora certa, o local adequado e a quantidade correta, promovendo o aumento da produtividade e, consequentemente, da sustentabilidade.

Além disso, há outros inúmeros programas e projetos que buscam promover a sustentabilidade no campo, como é o caso do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), que através de incentivos econômicos e financeiros busca: recuperar áreas de pastagem degradadas através de um manejo adequado; promover práticas de integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF); estimular o sistema de plantio direto; incentivar o aumento de florestas plantadas; e, ainda, promover o tratamento adequado dos dejetos animais.

É importante dar destaque, também, para um sistema que serve de modelo não só para o Brasil, mas para o resto do mundo, que é a logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, que permite a destinação adequada desse tipo de resíduo e possui alta efetividade, demonstrando a responsabilidade e a preocupação com o meio ambiente.

Não podemos esquecer ainda, que o proprietário de imóvel rural precisa preservar algumas áreas dentro da sua propriedade, como é o caso da Reserva Legal, Área de Preservação Permanente e Área de Uso Restrito, contribuindo para a manutenção da cobertura vegetal nativa e protegendo a fauna e flora brasileira.

Por fim, é importante esclarecer que ainda é preciso melhorar em muitos aspectos, mas a evolução ao longo dos anos é notória e merece ser considerada. Afinal, é preciso reconhecer que a missão de produzir e preservar, pensando nas gerações futuras, não é só daqueles que estão diretamente no campo, e sim de todos e cada um deve fazer a sua parte.

Karina Testa – OAB/GO 57.927

karina@alvarosantosadvocacia.com

Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Goiás

Graduada em Direito pela Universidade de Rio Verde

Pós-graduanda em Direito do Agronegócio, Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade de Rio Verde

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